Ter ou não ter determinado tipo de semente não é um problema para mim, que trabalho embalada e de acordo com o ciclo natural da vida florestal.
Não sou radical quanto ao uso de metais na finalização de minhas criações, acho que podemos tudo, desde que o processo seja feito de forma consciente e equilibrada, mas faço sim restrições ao uso de alguns insumos, a exemplo das penas de aves. Devo ter feito, nestes seis anos trabalhando na criação de biojóias, uns três ou quatro colares usando penas, mas em minhas leituras, tomei conhecimento do comércio clandestino de pássaros silvestres, com o objetivo único de comercialização das penas, assim, para não estimular esse comércio ilegal (e imoral), imediatamente parei de usar.
Também deixei de usar os corais. Amo, acho belíssimo, mas um dia estava expondo numa feira e uma visitante me questionou sobre as peças com coral, mostrei o que tinha disponível e a cada peça apresentada, ela colocava as mãos no rosto, dizendo "Ó meu Deus", que eu achava ser de encantamento, mas ao final, descobri que a moça era bióloga e o ´´Ó meu Deus" dela era de tristeza, pois cada pedaço de coral usado em meus colares, era um coral a menos no mar. Fiquei tão absolutamente envergonhada que nunca mais ousei chegar perto de um coral, a não ser para admirar a beleza.
Tem sido assim, cada dia aprendo mais, respeito mais e reverencio mais a natureza generosa que tornou-se minha grande e maior parceira de trabalho, além e fonte maior de minha inspiração.
Faz algum tempo que quero apresentar esse universo fantástico para vocês, assim, resolvi começer pelo açaí
AÇAÍ- Nome científico : Euterpe olearacea Mart
Pequeno, redondo e de cor azul-noite, quase negro, o açaí pode ser considerado a pérola da Amazônia.O açaizeiro faz parte da família das palmáceas. Esta palmeira brasileira é uma planta que se desenvolve próxima aos ribeirões, rios, igapó, várzea e nas matas de terra firme, e com menos frequencia, em terrenos mais afastados e locais pantanosos. Ocorre predominantemente na região Norte, principalmente nos estados do Pará, Amapá, Maranhão e Tocantins. Palmeira delgada e alta que pode atingir uma altura de 20 a 25 metros. O açaizeiro apresenta farta perfilhação e alcança, no estado nativo, a 20 palmeiras por "touceira" (das quais pelo menos três em produção). Produz, cada uma, entre 6 e 8 cachos com 2,5 kg cada um, representando de 15 a 20 quilos de frutos por palmeira (em duas safras) e de 12 a 25 toneladas de frutos/ha/ano. Os troncos são lisos, roliços, longos, de cor clara, sem espinhos.
Cachos de flores miúdas amarelas, surgem predominantemente de setembro a janeiro, podendo aparecer quase o ano todo.
Frutos pequeninos, redondos, roxos, quase pretos agrupados em cachos pendentes. Tem um caroço grande, e muito pouca polpa.
O fruto é colhido subindo-se na palmeira com o auxílio de um trançado de folha amarrado aos pés - a peconha.
Frutificação de outubro a janeiro.
FONTE: http://www.arara.fr/BBACAI.html
Aqui, algumas peças de várias coleções, criadas com sementes de açaí.
Volto em breve com notícias da bela jarina, nosso marfim vegertal.
Parabéns!!!
ResponderExcluirSeu trabalho é magnífico eu amo acessórios...
Moro em Embu das Artes, e não me canço de ver e comprar, deveria vir conhecer a cidade com certeza se encantaria e quem sabe nos daria o prazer de vermos o seu trabalho exposto por aqui com certeza faria sucesso, mais sucesso e contínue sempre assim com sorte e muito sucesso.
bjs
Mirian, muito obrigada por sua visita e pelas palavras tão lindas.
ResponderExcluirJá li muito sobre Embu das Artes e não tenho dúvida que ao visitar, sairei apaixonada pelo ambiente tão rico de criatividade.
Qualquer dia desses eu vou conhecer e quem sabe, expor também.
Beijinho.
Apareça sempre